Os nove meses de gestação exigem uma alimentação equilibrada, com todos os grupos alimentares, diferente de comer muito deve-se comer bem, o que significa que em determinados períodos, o consumo de certos nutrientes deve ser reforçado.

Veja a importância das principais vitaminas durante a gravidez.

Vitamina A — Importante para  o desenvolvimento da visão, do sistema imunológico, expressão genética e na integridade da pele e das mucosas . Está presente em alimentos de origem animal, principalmente em fígado, gema de ovo, leite integral e derivados. Também é encontrada nos vegetais de folhas escuras e nas frutas e hortaliças alaranjadas (como cenoura, abóbora, manga, mamão, entre outras).

Vitamina C — De ação antioxidante, atua na resposta imunológica e estimula a firmeza dos tecidos (colágeno). A deficiência tanto de vitaminas C na gestação parece estar relacionada a um aumento do risco de aborto, descolamento prematuro da placenta e ruptura precoce de membranas. . Pode ser encontrada principalmente nas frutas cítricas (laranja, acerola, morango, goiaba) e nos vegetais folhosos (beterraba, espinafre, couve, repolho).

Vitamina E — Responsável pela defesa das membranas celulares contra os radicais livres. Está presente em óleos, como de milho, de soja, de girassol, de dendê, e também no gérmen de trigo, nas amêndoas e avelãs.

Vitamina D — É importante para o sistema imunológico, na reprodução humana, além de ser fundamental para o crescimento ósseo,  na absorção do cálcio, ajudando a fixá-lo nos ossos,. É encontrada em peixes e derivados do leite.

Niacina — Influencia e participa de  diversos processos metabólicos do organismo. É encontrada no arroz, em pães integrais, amêndoas, amendoim, flocos de cereais, carnes magras, vísceras, peixes, entre outros alimentos.

Vitaminas do complexo B

Vitamina B1 — Essencial na formação do sistema nervoso e metabolismo de outros nutrientes . É encontrada, principalmente, em grãos integrais, carne de porco, vísceras, amendoim, avelã e castanha-do-pará.

Vitamina B2 — Atua formação de hemácias, na regulação de enzimas tireodianas e tem importante atuação no metabolismo dos carbohidratos. . Presente em laticínios, fígado, rins, ovos, vegetais folhosos, entre outros.

Vitamina B6 — É essencial no metabolismo de aminoácidos (proteínas), carboidratos (açucares, grãos e cereais) e lipídios (gorduras). Também atua no desenvolvimento do sistema nervoso central.  Está presente nos cereais integrais, fígado, leveduras, gérmen de trigo, carne de porco e frango. Sua suplementação na gravidez também é eficaz no combate a náuseas e vômitos.

Vitamina B9 (ácido fólico) — É essencial para os processos de divisão celular e síntese protéica,  base para a formação dos tecidos, bem como na renovação e na multiplicação das células. A deficiência de ácido fólico pode ocasionar anemia megaloblástica e aumentar o risco de malformações abertas do tubo neural (espinha bífida e anencefalia, entre outros) As fontes mais ricas são fígado, feijões, gérmen de trigo, levedura, vegetais de folhas escuras, gema de ovo, linho, sumo de laranja e pães integrais.
Vitamina B12 — Age no metabolismo de ácidos nucléicos (DNA), na maturação de hemácias, no funcionamento de células do trato gastrointestinal, no sistema nervoso, nos músculos e no metabolismo de carboidratos, álcool e gorduras. São encontradas principalmente nos alimentos de origem animal, incluindo vísceras, carnes, leite e ovos.

Outros elementos

Cálcio — Necessário para a formação e desenvolvimento dos dentes e ossos . Exemplos de alimentos fartos em cálcio: leite e derivados, algumas frutas e legumes.
Ferro —  Participa da formação das hemácias, auxiliando na oxigenação dos tecidos. Durante a gestação o ferro é essencial, pois o volume de sangue aumenta nesse período. Pode ser encontrado em  carnes vermelhas, ovos, vísceras (fígado), feijão, espinafre, brócolis e couve, entre outras verduras.
Zinco — Exerce atividades cruciais em vários processos biológicos do corpo com a síntese de proteínas (DNA), o metabolismo energético, de carboidratos e de lipídios, além da manutenção da imunidade. É encontrado em carne de boi, frango, peixe e laticínios.


Aquela velha história de que, durante a gestação, deve-se comer por dois, está totalmente ultrapassada. O segredo, porém, está na escolha dos nutrientes. Alguns deles, aliás, precisam ser consumidos em determinada fase da gravidez, para garantir a saúde do bebê e da futura mamãe. Mas isso não é motivo para exageros.   Ao contrário, é nesse período que a alimentação precisa ser selecionada e muito mais balanceada.

No entanto, o reforço de alguns nutrientes é mesmo necessário. No primeiro trimestre de gestação, por exemplo, a suplementação de ácido fólico (vitamina B9) pode evitar problemas no feto, como os de malformação neurológicas.   Na verdade o preconizado é a utilização de ác. fólico quando a gestação começa a ser planejada, portanto antes mesmo da fecundação.

O uso de complementos vitamínicos durante a gravidez ainda é controverso, porém a gestante não deve utiliza-los sem prescrição médica ou acompanhamento.   Alguns acreditam que a ingesta de vitaminas possa colaborar na formação do bebê, na ajuda da amamentação ou mesmo em uma cicatrização mais adequada pós parto.   Nenhum complemento vitamínico pode substituir uma alimentação equilibrada.

Para combater a constipação, uma das principais e mais comuns queixas das grávidas, vale consumir mais fibras (encontradas nas frutas, folhas e cereais integrais, por exemplo), pois auxiliam no bom funcionamento do trânsito intestinal      O uso de pró-bióticos contendo lactobacilos pode ajudar a equilibrar a flora intestinal o que é muito bom já que a gestante é naturalmente propensa á constipação.   Hoje existem vários preparados em forma de cápsulas, pó ou ainda bebidas líquidas fermentadas.

No terceiro e último trimestre de gravidez a ingesta de cálcio deve ser estimulada.  O aumento do consumo de leite e seus derivados vão colaborar.  A preferência é por produtos desnatados pois assim a gestante aproveita o cálcio sem aumentar a ingesta de gorduras saturadas que podem aumentar o colesterol além de serem calóricas.

No geral, para garantir o maior número possível de nutrientes, os especialistas indicam uma alimentação bastante variada e colorida, incluindo seis porções diárias de pães e cereais, cinco, de frutas e três a quatro porções de legumes e verduras, carnes e de leite e derivados. Deve-se também beber água constantemente, e o recomendado é de 1,5 a 2 litros por dia, para manter-se hidratada.

O desenvolvimento do feto e as transformações no corpo da mulher, durante a gestação, exigem um aumento, controlado, da ingestão de calorias. Para quem está na faixa de peso considerada normal, os médicos recomendam a adição de 300 calorias/dia, à dieta, a partir do segundo trimestre. Como uma mulher de peso normal consome em média 2.000 calorias/ dia, sua ingestão passaria, então, para 2.300/dia. Isso equivale, por exemplo, a dois copos de leite desnatado.

As exceções são mulheres que iniciam a gravidez com baixo peso ou adolescentes, que devem ingerir as 300 calorias adicionais desde o início da gestação, e mulheres com sobrepeso ou obesidade, para as quais não se recomenda nenhum aumento calórico.

O ganho de peso durante a gestação é variável, em média nas pacientes que estão com seu peso adequado o aumento do peso deve ser de 10 á 15 kg, cerca de 20% do peso inicial é o adequado.   Nas obesas o aumento do peso deve estar entre 5 a 6 kg e nas muito obesas não é incomum observarmos perda de peso sem prejuízos para o feto.   Essas pacientes mesmo obesas devem manter sua ingesta rica em vitaminas, cálcio, sais minerais e fibras.

Em outra situação onde é comum gestantes perderem peso é  durante o primeiro trimestre no momento em que apresentam náuseas e vômitos  e com isso não conseguem comer.    Assim, perde peso. A eliminação de até três quilos no primeiro trimestre, porém, não causa problemas para mãe ou o bebê.

A recomendação para minimizar os enjôos é comer em quantidades menores, várias vezes ao dia,  á cada 3 horas, de preferência alimentos frios ou gelados, e mastigar bem devagar.  Comer como passarinho, pouco, várias vezes ao dia.  A dica serve também para os demais meses da gravidez, quando há azia em função da compressão do estômago pelo aumento do útero.

  1. 12 de abril de 2012

    Me chamo Fabiana e estou planejando uma gravidez.
    Como eu como um pouco errado, gostaria de uma dica e/ou indicação de nutricionista para que eu possa fazer um programa que ajude na formação e crescimento do meu bebê.
    O Sr. tem alguma indicação?

    Desde já agradeço a atenção e aguardo o retorno.

    Fabiana França

    • 12 de abril de 2012

      Ola Fabiana,
      Preciso saber onde mora para que eu possa te ajudar com alguma indicação.
      Um abraço.

  2. 13 de abril de 2012

    Verdade! Sou de Campinas!

    Abraço

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