Continuando nosso assunto da semana, esclarecendo dúvidas sobre exame de ultrassom.

6) Quais doenças podem ser identificadas durante o ultrassom gestacional?
São inúmeros tipos de má-formações estruturais que podem ser detectados pelo ultrassom. Entre os mais recorrentes estão a hidrocefalia — que é o acúmulo de fluido cérebro-espinhal nas cavidades ventriculares do cérebro — e outros distúrbios do sistema nervoso central, além de alguns tipos de má-formações cardíacas.

 
7) Em que casos o obstetra costuma solicitar exames mais sofisticados de ultrassom, como doppler, 3D e 4D?
O ultrassom com doppler é indicado para avaliar a circulação da mãe para o bebê e para checar o fluxo nos vasos internos do bebê. É importante nos casos de diabetes, hipertensão e retardo de crescimento fetal, por exemplo. Já o ultrassom 3D nos permite enxergar as estruturas fetais em três dimensões, melhorando muito a visão da anatomia de superfície, principalmente do rostinho do bebê. Também é muito útil como complemento do ultrassom convencional em caso de diagnóstico de malformações. No 4D, além das imagens bastante reais, também é possível acompanhar os movimentos do bebê.

 
8) Mesmo que todos os exames solicitados estejam aparentemente normais, é possível que uma criança nasça com alguma malformação?
É possível, já que a sensibilidade ou taxa de detecção do ultrassom gira em torno de 90% na identificação de malformações estruturais. Além disso, há má-formações muito discretas, de difícil identificação. Por isso, em alguns casos há indicação de um acompanhamento rigoroso, com a realização de exames complementares.

 
9) O ultrassom pode identificar a necessidade de intervenções na hora do nascimento do bebê?
Sim, especialmente em casos de cardiopatias e doenças do tórax. Há intervenções que podem ocorrer inclusive no ambiente intrauterino, como transfusões de sangue, derivações (ventriculares, renais), punções de líquido amniótico com finalidade terapêutica, entre outros. Fetos portadores de má-formações cardíacas graves devem nascer em um centro de referência provido de UTI neonatal, cardiologistas pediátricos e cirurgiões cardíacos, prontos para atender o recém-nascido cardiopata, dado que desse atendimento depende a sua sobrevida.

 
10) A partir de quando é possível saber o sexo do bebê?
Apesar do sexo ser definido no momento da concepção, o órgão genital se desenvolve entre nove e doze semanas de gravidez. Portanto, entre a 14ª e a 16ª semana, dependendo da posição do bebê, é possível identificar o sexo da criança. Quando o bebê está sentado sobre as perninhas ou quando está de pernas cruzadas, é mais difícil a visualização de sua genitália, obrigando os pais a terem um pouco mais de paciência para obter essa informação.

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