chegada-do-primeiro-filho

A chegada do primeiro filho vem acompanhada de muitas mudanças, o dia a dia do casal muda e eles precisaram se adaptar a nova rotina, já que a atenção estará toda voltada ao bebê e ao que ele necessita.

Não é somente a vida do casal que passa por transformações. Toda a família de origem também acompanha este processo. Há uma grande movimentação no campo emocional e todos mudam de status. Cada qual tem um novo papel a exercer. Quem não era, agora passa a ser avô, avó, tio, tia etc.

Neste meio tempo, surge a necessidade do casal se organizar para encarar as demandas da nova etapa.

Para a chegada da criança, o casal precisará abrir espaço tanto físico, na casa onde mora, quanto emocional, no seu relacionamento, que antes era a dois. Isto significa que homem e mulher deverão cuidar do equilíbrio, dentro do possível, dos seus papéis como pai e mãe, marido e mulher, companheiros, amigos, parentes etc. Mas ainda deverão cuidar muito bem das fronteiras da nova família: como são principiantes, todos se sentem no direito de invadir e dar palpites. O retorno a casa, depois do nascimento do bebê, é delicado. No período em que deveriam ter mais sossego é que recebem o maior número de visitas, com mil conselhos e opiniões de como devem fazer isto ou aquilo. Durante estas visitas, muitas vezes pais e bebê ficam estressados, mas quem acaba expressando esse incômodo é o bebê, por meio do seu choro desenfreado. É até surpreendente quando, depois da saída da última visita e com a volta ao clima de tranquilidade da casa, ele milagrosamente para de chorar.

Não existe manual que ensine como ser pai e mãe. Cada um dos pais viverá, ao seu tempo e ao seu modo, a oportunidade ímpar de desenvolver este aprendizado por meio da construção da relação com o próprio filho. Deverão aprender a colocar limites e a exercer a autoridade necessária. O casal deverá tomar cuidado para não criticar um ao outro, ou mesmo influenciar na construção da relação que, no caso de pai/filho e mãe/filho, é tão somente a dois; deverá abrir espaço e tempo para intimidade entre as díades pai/filho, mãe/filho, homem/mulher, e também para o grupo pai, mãe e filho como família. Cada um dos membros aprenderá sobre esta noção de fronteiras das relações e aprenderá a respeitar seus limites. É como se fosse uma dança que flui, individual, a dois, a três, e até em ciranda de grupo, quando estão com as famílias de origem.

Tanto o homem quanto a mulher trazem de suas famílias de origem um modelo de educação que envolve hábitos, comportamentos, atitudes, cultura etc. Podemos dizer que este modelo que cada um traz consigo forma uma bagagem de vida, que a todo e qualquer momento deve ser revista conjuntamente, pois são muito diferentes uma da outra. Quando os dois conseguem perceber e aproveitar o que há de melhor em cada uma das duas bagagens para formarem uma terceira, passam a não ter mais necessidade de disputar sobre qual é aquela que educa melhor, se a do homem ou a da mulher. E aí sim, os dois estarão construindo o modelo da sua nova família, para por meio da sua cumplicidade, dar o melhor e mais precioso presente para seu filho: uma referência única para que ele se sinta seguro e siga o caminho do seu desenvolvimento de maneira saudável.

Portanto, é fundamental que o casal se organize e se adapte às novas circunstâncias desta etapa, para atingir o equilíbrio necessário ao desenvolvimento saudável da nova família. Se surgirem dificuldades, há que se buscar a orientação e os serviços de um profissional especializado.

 

Fonte: www.guiadobebe.uol.com.br

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