O estresse na gravidez pode acarretar vários problemas à mãe e ao bebê. Por isso, cuidados devem ser tomados para evitar que afete a saúde de ambos.

A mãe é dona de casa, esposa, amiga, profissional, filha e neta. Estes são alguns papéis desempenhados pela mulher moderna. Somada a essas tarefas vêm o trânsito caótico, a violência, a instabilidade e a competitividade do mercado de trabalho. Pronto. Estamos diante dos principais fatores que desencadeiam grande parte da ansiedade e do estresse da vida atual.

Agora, se todos esses contratempos fizerem parte da rotina de uma gestante, como não se estressar? É difícil? Sim. Mas não é impossível. Até porque, o estresse na gravidez pode trazer diversos transtornos para o bebê, entre eles problemas respiratórios, como a asma. A afirmação é baseada em um estudo realizado por cientistas da American Thoracic Society (2013).

 

Estresse na gravidez prejudica o bebê?

De acordo com essa pesquisa, quando a mãe passa por situações de estresse, ela acaba diminuindo o desenvolvimento de anticorpos de defesa e de proteção ao bebê contra distúrbios respiratórios, por exemplo.

Mas as consequências não param por aí. Pesquisadores do assunto sugerem que o estresse na gestação prejudica o bebê, pode acarretar atraso na fala e no desenvolvimento da criança, déficit de atenção e de aprendizagem, ansiedade, depressão e hiperatividade. Além disso, no caso de grande estresse, a musculatura da grávida fica tensa, podendo ocorrer o parto prematuro. Por isso, é importante compreender a gravidez e seus desafios e procurar sempre manter o equilíbrio entre a mente e o corpo.

“A gestação é uma fase que provoca modificações físicas e psíquicas na mulher. O corpo em constante transformação, o medo e a ansiedade em relação ao parto, a transição do papel de filha e de mulher para o de mãe ou questões financeiras e suas adaptações são alguns exemplos do que influencia a saúde psicológica da gestante, predispondo-a, em maior ou menor grau, ao estresse”, explica a doutoranda em Psicologia Clínica pela PUC-SP, Andreza Maria Tobias.

Segundo ela, outra grande questão em relação ao estresse na gravidez é a adolescência – que por si só já é uma fase delicada do desenvolvimento humano por se tratar de transições e da busca por uma nova identidade. E, no caso de uma gravidez precoce, podem ser exigidas da mulher adolescente competências psicoemocionais de difícil enfrentamento.

 

Listamos algumas dicas que podem minimizar o estresse durante a gestação:

Planejamento: uma gravidez desejada e planejada reduz consideravelmente o número de problemas, sobretudo, o de rejeição ao bebê;
Diálogo: uma das formas de evitar a ansiedade e o estresse durante a gestação é o casal conseguir estabelecer uma relação de apoio e de respeito mútuo diante das inúmeras dúvidas frente à gravidez.
Informação: para obter mais conhecimento sobre o novo mundo da gestação é indicado ao casal participar de reuniões sobre a saúde gestacional e do bebê. Nestes grupos, os pais e os futuros papais trocam importantes experiências sobre as dificuldades e as alegrias dessa fase.
Prática de exercício físico: atividades como a yoga e o pilates ajudam a tonificar os músculos, melhorar o equilíbrio e a circulação, proporcionando flexibilidade sem grandes impactos ao corpo. (Exercícios preparatórios para o nascimento do bebê).

“É importante que a gestante pratique uma atividade física de que ela goste e que se sinta confortável, pois ajuda a relaxar, a aliviar o estresse e a ansiedade, além de prepará-la fisicamente para o parto”, indica a especialista.

Fonte: www.gestacaobebe.com.br

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