A fertilização in vitro (FIV) em ciclo natural não é nenhuma novidade. Louise Brown, o primeiro bebê nascido por FIV, foi gerado a partir de um ciclo natural.
Atualmente, utilizam-se medicamentos para o estímulo ovariano como intuito de conseguir um grande número do óvulos, aumentando assim o número de embriões e por consequencia, as chances de gestação.
Nem sempre é necessário o estímulo dos ovários para o tratamento de FIV. Este tipo de estímulo aumenta o risco de gestação gemelar, aumenta o número de embriões congelados nas clínicas de reprodução e expõe as pacientes ao risco de síndrome do hiperestímulo ovariano, complicação potencialmente grave dos indutores de ovulação.
Na Fertilização in Vitro em ciclo natural utiliza-se aquele óvulo produzido espontaneamente pelos ovários da paciente. A partir de um determinado momento do ciclo, são utilizados medicamentos para controlar o crescimento e amadurecimento folicular (o ciclo não é completamente natural).
É importante lembrar que este tipo de ciclo não produzirá mais de 1 óvulo e tem alto risco de cancelamento, devido ao amadurecimento incorreto do óvulo ou ovulação precoce. O óvulo pode, ainda, não fertilizar, não havendo embrião para transferência.
Não significa que temos que retroceder e utilizar o ciclo natural para todas as pacientes, porém existem casos em que o ciclo natural pode ser uma boa indicação. Além de mais econômico, já que não são utilizados os medicamentos indutores, o ciclo natural pode estar indicado em pacientes que não desejem ou tenham contra-indicação para gestação gemelar, que tenham alto risco para síndrome do hiperestímulo ovariano ou que desejem um tratamento mais natural.
Deve-se evitar os “pacotes” iguais para todos os casais. O importante é adequar o tratamento a cada casal, considerando não somente os fatores de infertilidade, mas também todos os riscos e benefícios e os desejos deste casal.
Fonte: Projeto Alfa
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