Como os HPV são transmitidos?
A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada.
A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.
Também pode haver transmissão durante o parto.
Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas.
Os HPV são facilmente contraídos?
Estudos no mundo comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Essa percentagem pode ser ainda maior em homens. Estima-se que entre
25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, regredindo entre seis meses a dois anos após a exposição, principalmente entre as mulheres mais jovens.
Para haver o contágio com o HPV, a(o) parceira(o) sexual precisa apresentar manifestações da infecção?
Provavelmente a transmissão é facilitada quando as lesões clínicas estão presentes: foi demonstrado que 64% dos parceiros sexuais de indivíduos portadores de condilomas genitais desenvolveram lesões semelhantes. No entanto não é possível afirmar que não há chance de contaminação na ausência de lesões.
Após o contágio com HPV por quanto tempo uma pessoa pode não manifestar a infecção?
Não se sabe por quanto tempo o HPV pode permanecer inaparente e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. As manifestações da infecção podem só ocorrer meses ou até anos depois do contato. Por esse motivo não é possível determinar se o contágio foi recente ou antigo.
Na ocorrência de relação sexual com uma pessoa infectada pelo HPV, como saber se houve contaminação?
O fato de ter mantido relação sexual com uma pessoa infectada pelo HPV não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção, mas não sabemos qual é o risco por não conhecermos a contagiosidade do HPV. Apesar da ansiedade ocasionada pela possibilidade de contaminação, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV. As pessoas expostas ao vírus devem ficar atentas para o surgimento de alguma lesão, mas não adianta procurar o médico no dia seguinte, pois isto pode levar semanas a meses para ocorrer. As mulheres devem obedecer à periodicidade de realização do exame preventivo (Papanicolaou).
Existe risco de má formação do feto para mulheres grávidas infectadas com HPV?
A ocorrência de infecção pelo HPV durante a gravidez não implica em má formação do feto.
Qual a via de parto indicada para mulheres grávidas infectadas com HPV?
O parto normal não é contra-indicado, pois, apesar de ser possível a contaminação do bebê, o desenvolvimento de lesões é muito raro. Pode também ocorrer contaminação antes do trabalho de parto e a opção pela cesariana não garante a prevenção da transmissão da infecção. A via de parto (normal ou cesariana) deverá ser determinada pelo médico após análise individual de cada caso.
Como homens e mulheres, independente na orientação sexual, podem se prevenir dos HPV?
Apesar de sempre recomendado, o uso de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual, com ou sem penetração, não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passíveis de ser infectadas. Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou na bolsa escrotal, o HPV poderá ser transmitido apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
Existe vacina contra o HPV?
Sim. Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.
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