Uma grande revisão de estudos sobre as formas de partos mostra que uma ampla gama de fatores clínicos e não clínicos pode afetar a decisão da mulher em se submeter a um parto vaginal em sua segunda gestação, principalmente quando ela já se submeteu a uma cesariana. Disponível na edição de agosto da revista Journal of Advanced Nursing, o trabalho envolveu a revisão de 60 estudos publicados ao longo de 24 anos, cobrindo mais de 700.000 mulheres em hospitais de 13 países. Os resultados mostram que seguros privados de saúde, de indução, agentes de amadurecimento cervical, diretrizes locais e sistemas de pontuação foram apenas algumas das questões que influenciam na escolha da forma de parto em segunda gestação. “Muitas mulheres que tiveram partos cesarianos optaram para o mesmo procedimento com uma nova gravidez”, diz Christine Catling-Paull, principal autora da revisão. “As taxas de cesariana aumentaram em todo o mundo nas últimas duas décadas e grande parte deste aumento é devido às mulheres que tiveram cesáreas anteriores”, completa. Pesquisas mostram que apenas 33% das mulheres no Reino Unido terão um parto vaginal após cesárea (VBAC) e na Austrália, a taxa é ainda menor, 17%. No entanto, outro estudo norte-americano mostra que 73% das mulheres que tiveram uma cesariana tiveram um parto vaginal bem sucedido.

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